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Quem não tem cão caça... com pinguim?

  • Foto do escritor: Fabio Sousa
    Fabio Sousa
  • 13 de fev.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 27 de fev.








Com a sepultura do Windows 10 se aproximando e as exigências técnicas do Windows 11 condenando mesmo desktops perfeitamente funcionais, muitos tem se perguntando se existe vida fora do sistema operacional da Microsoft que domina o mercado de desktops pessoais praticamente desde que ele existe. A resposta mais simplória é: Sim, existe há tempos, trata-se do Linux criado em 1991 por Linus Torvalds uma das maiores eminências do mundo Nerd. Porém, essa resposta serve para todos?

Sejamos verdadeiros, o Linux é poderoso, uma de suas maiores vantagens é a incrível capacidade de ressuscitar máquinas antigas, uso o mesmo desktop ha mais de 10 anos: um processador AMD FX 8300 com 12GiB de memória RAM, basicamente. Sim, não gosto de jogos eletrônicos, já em resposta à alguma objeção feita para defender que não preciso de uma máquina poderosa, porém uso aplicativos pesados como o Android Studio, no Windows meu estimado Matusalém o roda sofrivelmente, inviabilizando seu uso, no Linux, Matusalém mais parece um homem ainda na casa dos 50 anos, ou seja, não é um prodígio mas plenamente funcional para rodar o famigerado comedor de recursos da “nada suspeita” Google. Inclusive rodando máquina virtual do Android: um sistema do robozinho rodando integralmente dentro do Linux.

Como estamos sendo verdadeiros, preciso acrescentar: O Linux dá trabalho. Admito que muitas vezes fico a pensar se o sistema do pinguim sofre de algum tipo de masturbação intelectual, pois dá a impressão de muitas coisas simples são propositalmente tornadas complexas nele, para deleite de uma população Nerd, pura Vã Glória de se julgar mais entendedor e esperto que os outros. Não estou totalmente errado infelizmente, mas a boa notícia é: estou parcialmente errado e esta parcela de erro minha está crescendo dia após dia. O estimado leitor provavelmente não viu nem usou o Linux em suas primeiras versões: tudo era via terminal, comandos escritos, e o melhor, para delírio raivoso de muitos, não havia quase nenhum driver pronto, você mesmo precisava compilar o seu e se virar para também compilar o Kernel! Doideira total! O menor erro e dava-se o evento, como erros de dependências. Tempos românticos ou tempos calamitosos, dependendo do quão aficionado o leitor é por informática. A verdade é que desde então o Linux avançou muito, surgiram os ambientes gráficos, sim, o aponte e clique tão eternizado pelo Windows, a diferença é que no Linux existem muitos ambientes gráficos, uns mais bonitos, outros mais funcionais, tem para todo gosto. Surgiram também as “distros” sistemas operacionais Linux “estilizados” já com um ambiente gráfico para facilitar o dia a dia, eis as mais famosas: Debian, Ubuntu, Mint (a que uso), Zorin, Manjaro. Novamente: tem para todo gosto, até distro especializada para estudos de segurança na Internet, como o Kali Linux. Todos esses sistemas possuem no coração o Kernel Linux.

Estou convencido! Vou mandar o Windows para a PQP e botar um sistema Linux! Devagar com a louça meu leitor. Gostaria muito, muito mesmo que a Microsoft perdesse a mão de ferro sobre sistemas operacionais para desktops assim como torço para o fim da miserável quase hegemonia da Google sobre celulares. Como na economia sou um liberal convicto, para mim qualquer tipo de cartel ou hegemonia de uma empresa sobre o mercado de algo, é sempre e essencialmente calamitoso, uma desgraça, poder corrompe, vide as técnicas de obsolescência programada, mas esse texto não é sobre moral. Voltemos ao Linux. Você pode sem medo substituir o Windows pelo Linux? Depende. Primeiro, para o quê você usa seu desktop? O quanto você gosta realmente de informática? Essas perguntas são críticas pois se você usa um software a trabalho e específico para o Windows sem nem mesmo um substituto no Linux, sua transição está bloqueada. Sim, é possível rodar uma máquina virtual Windows dentro do Linux, eu mesmo faço isso para rodar alguns softwares dos quais seus desenvolvedores fizeram um pacto de sangue com a Microsoft e ainda não possuem substitutos no Linux. Admito que tenho um enorme prazer em rodar essa máquina virtual Windows dentro do Linux, pois assim torno ele um mero escravo, um mero acessório do Linux. Porém aqui nos leva a segunda pergunta: você realmente gosta de computadores? Ou gosta apenas dos resultados que eles geram? Se o leitor cair na segunda opção provavelmente vai se frustrar com qualquer distro Linux, o sistema da eminência finlandesa Nerd ainda requer uma boa dose de entusiasmo por computadores.

O pinguinzinho finlandês tem um longo caminho pela frente, contudo seus passinhos desajeitados estão se tornando cada vez mais aptos a galgar maior popularidade nos desktops, talvez nunca venha a substituir o Windows neles, mas torço para que combata mais eficazmente o monopólio da Microsoft nesse mercado, porque no mercado de sistemas operacionais para grandes servidores a empresa do tio Bill já perdeu faz tempo… graças a Deus.


Se você é um entusiasta, curioso ou masoquista, ingresse em nossa comunidade Linux! https://chat.whatsapp.com/JRDKFOksts56Wv08cenBQo


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